César Menotti diz evitar letras sobre sexo e bebida por ‘princípio moral’

Conhecido como Toninho do Ouro, o garimpeiro Antônio José da Silva, pai de César Menotti & Fabiano apresentou a música caipira aos filhos e viajou com a família pelo país em busca de trabalho, até se estabelecer em Ponte Nova (MG). De lá, César, Fabiano e Fábio (hoje empresário da dupla) foram para a capital do estado tentar a sorte na música. Após a morte do pai em 2011, os irmãos César Menotti & Fabiado decidiram “reservar um tempo até se sentirem confortáveis para trabalhar”, conta César.

Dois anos após a pausa nos lançamentos, canções “sertanejas de verdade”, como eles definem “O menino da porteira”, “Boiadeiro errante” e “Estrada da vida”, estão presentes no novo CD e DVD, “Ao vivo no morro da urca” – é uma forma de homenagear o pai.

Onomatopeias de teor sexual e letras sobre bebedeiras, presentes em vários sucessos atuais do mercado sertanejo, não têm espaço no DVD. “Por questão de princípios que sempre aplicamos no trabalho, de letras que não agridam a moral e a ética da família brasileira, do nosso ponto de vista”, explica o compositor.

Menotti também comenta a dificuldade de consolidar o sucesso com o público carioca – “o Rio foi a última cidade para onde conseguimos levar a nossa música” – e lembra crítica sofrida no início pela aparência. “Com esse físico eles não vão a lugar nenhum”, o cantor diz ter ouvido.